Como anda sua autoestima?

Recebo no consultório muitas mulheres com queixas em relação à sua autoestima. Mas você sabe o que significa autoestima?

Temos a definição de autoestima no dicionário que é “preço ou valorização que uma pessoa confere a si própria, permitindo-lhe ter confiança nos próprios atos e pensamentos”; só que a autoestima é também uma construção diária. É estar em dia consigo, poder sentir-se dona de si, delimitar limites quando preciso, poder falar um não sem sentir culpa por isso, se olhar no espelho e gostar do que vê, se sentir bem independente de que quaisquer pessoas possam falar e apontar sobre você.

Ela é igualmente influenciada por questões familiares, amorosas, profissionais, e por último, mas não menos importante pessoais, e por ser justamente essa construção diária constituinte em grande parte de nosso dia a dia, as que chegam para mim, geralmente possuem essas questões que estão muito relacionadas a essas e outras tantas esferas de suas vidas.

Independente da área na qual a mulher identifica maiores problemas consigo, o corpo possui grande relevância e importância nestes contextos. Muitas vezes o corpo por ter esse estigma de auto valor nos levando a um lugar onde: se eu não sou um padrão, ou se eu não for de determinada forma física, ou se meu corpo não se encaixar, então quer dizer que eu não terei sucesso, não poderei me relacionar, não poderei me sentir e ser feliz, realizada, ter o que mereço; é uma grande armadilha que nos leva a uma idealização falsa de que só quando eu for desta forma alcançarei meus sonhos, objetivos, sucesso, autoestima etc.

Trago aqui algumas perguntas que você pode se fazer:

• Como você se enxerga?

• Você gosta de si?

• Você se reconhece?

• Sabe da trua potência?

• Consegue se enxergar com olhos gentis? Com empatia?

• Como estão as exigências consigo?

• Como você cuida de si?

• Você se coloca em primeiro lugar em relação aos outros?

• Quem é a pessoa mais importante da tua vida? E por que não é você?

• O corpo também vai ter ligação com tudo isso!

• Uma das perguntas mais frequentes que recebo é: “Como se amar, se aceitar quando você não gosta do que enxerga no espelho?

Como trabalhar o familiar, o relacionamento consigo e com outros, e até o profissional em prol da tão sonhada e desejada autoestima?

Isso é um dos grandes focos de trabalho meu com meu público: psicoterapia focada em autoconhecimento de si e seu mundo interno e consequentemente trabalhar para sermos capazes de modificar o externo, afinal sabemos que o nosso mundo externo reflete nosso mundo interno o tempo todo.

Corpo e a nossa relação com este também é um elemento que influencia muito na autoestima; a psicoterapia vai servir também até mesmo para quem se sente bem com o corpo, mas sofre julgamentos e até pressões dos outros. Não processo se trabalha em conjunto com o paciente através de algumas técnicas corporais em busca de maior conscientização deste corpo, afim de encontrar os simbolismos na vida daquela pessoa, e como o corpo pode ser um símbolo importante em nossas vidas: como trabalhar com esse símbolo? O que seria esse símbolo na vida da pessoa, o que está ligado a ele?

Trazendo os questionamentos e simbolismos que fazem sentido, somos capazes de conseguir ressignificar este símbolo nos tornando protagonistas de nossa própria história, corpo, autoestima. Está na hora de resgatarmos nossas essências, nos curarmos de nossas feridas em prol de podermos viver de acordo com nossas leis e não a dos outros, de acordo o que esperamos queremos, realmente desejamos e não do que é esperado de nós.

Deixo aqui então o meu convite a você se dar essa chance de se conhecer cada vez mais, tornar-se dona de si, de seus processos e de se apropriar deste corpo tão sagrado e importante em nossas vidas